sexta-feira, 23 de agosto de 2013

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Estou sempre em movimento, como um rio que flui entre pedras o desconhecido sopro da vida, em cada instante. Sou pedaços de mim, partes de um lugar, de todo lugar.
Assusto-me com tanta imensidão.
Me sinto como uma brisa fresca do amanhecer, como os raios de sol que atravessam teu corpo e te toca o coração. Meu cantar se escuta nos orvalhos do campo em noite fria iluminada nos olhos de uma criança assustada, curiosa, que corre intensamente os sorrisos de um olhar.
Preciso sentir a inquietação do meu corpo, a respiração se abrindo alimentando os pulmões, as pernas trêmulas, os pelos do braço alertando sobre o que o momento diz.
Tenho acordado leve na maioria dos dias, com vontade de abraçar o mistério , escutar o som do silêncio, dançar com as sintonias que encontro , mesmo sem que me acompanhem.
A tarde vai desabrochando na frente da manhã, e derramo-me num voou ininterrupto das cores que pintam os cantos das cigarras, e em mim os pensamentos  passeiam e lá se vão soltos. Eu e a minha liberdade. Mergulho nessa capacidade que tenho em renascer.
Gosto de flores, me sinto acolhida em seus perfumes, me levam para casa, o vento. E lá vem a noite coberta de estrelas lembrando-me da expansão que envolve meu corpo livremente, reencontrando a luz do luar, circulo continuo.






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